A nossa capacidade de sentir cheiros, e a nossa respiração — além dos espirros que fazem parte da proteção do nosso organismo contra organismos estranhos — estão diretamente ligadas à nossa cavidade nasal.
O nariz começa, sim, de maneira externa, mas não é a única estrutura compondo a cavidade nasal, envolve toda uma anatomia interna e externa muito mais complexa, e é essa complexidade que permite o aquecimento do ar antes de entrar nos pulmões, a possibilidade de termos o sentido de olfato e afeta até mesmo o paladar!
Confira, logo mais, tudo sobre a anatomia interna e externa da cavidade nasal.
Conhecendo a cavidade nasal: anatomia
Além de responsável pela nossa percepção olfativa, a cavidade nasal abriga uma série de funções essenciais para o nosso corpo, como ser parte crucial do sistema respiratório.
Há partes internas e externas no que se diz respeito a anatomia do nariz, e vamos abordar cada uma dessas partes.
Nariz externo
O nariz externo, ou simplesmente o nariz como todos nós conhecemos, possui uma raiz (porção superior), ápice (porção inferior), dorso, e um septo nasal que divide as duas narinas.
Esta parte da anatomia externa do nariz é, majoritariamente, formada por cartilagem com exceção apenas do osso nasal.
Nariz interno ou cavidade nasal
A anatomia interna do nariz, a propriamente dita cavidade nasal, é formada por diversos ossos, além das narinas; cornetos e os canais que levarão o ar até os pulmões, no fim do sistema respiratório.
Osso etmoide
Um dos elementos mais importantes na formação da cavidade nasal, tanto por formar a estrutura esquelética da cavidade nasal, e conter as células etmoidais é o osso etmoide.
Essas células serão responsáveis por formar as conchas nasais, espécies de “prateleiras” que permitem a passagem de ar.
Conchas nasais
As conchas nasais podem ser divididas em três meatos (inferior, médio, e superior), além do recesso esfenoetmoidal. Essas estruturas se tratam de canais aéreos, que permitem a passagem do ar, e se assemelham à estrutura de um prédio de três andares, uma sobreposta a outra.
Seios paranasais
Localizados logo abaixo dos olhos, recobertos por mucosas respiratórias e inervados pelo nervo trigêmeo, os seios nasais — ou seios da face — se tratam de quatro recessos ósseos (cavidades).
Estes seios ainda são dispostos como seio maxilar; frontal; esfenoidal e etmoidal. Ou seja, estão presentes em toda a região da face, e sua principal função é auxiliar na circulação do ar no organismo, especialmente no sistema respiratório.
Mucosa
Constituída por um de três nervos cranianos, a mucosa é constituída de glândulas serosas. A principal função dessas glândulas é manter as paredes nasais lubrificadas.
É através da mucosa nasal que conseguimos perceber cheiros, podendo ser dividida em três porções: vestíbulo (entrada das cavidades nasais); área respiratória e área olfativa.
Além disso, pode ser dividida entre mucosa vermelha (inferior, e mais próxima das narinas, ou fossas nasais) responsáveis por aquecer o ar que irá para os pulmões e a mucosa amarela ou marrom (mais distante das fossas nasais, contém receptores olfativos).
Fornecimento sanguíneo do nariz
O nariz é vascularizado por finos ramos com origem nas carótidas (tanto internas, quanto externas) que passam pela cabeça e pelo pescoço.
A carótida externa são responsáveis pelos arredores do nariz externo (raiz e ápice); enquanto a carótida interna vascularizam principalmente o “teto” da cavidade nasal, e por ser mais vascularizado é onde a maioria dos sangramentos nasais têm origem.
Inervação do nariz
O nariz contém nervos oriundos de três nervos cranianos, sendo eles o nervo olfatório, o nervo trigêmeo e o nervo facial.
O nervo olfatório, como já sugere o próprio nome, é responsável pela nossa percepção de olfato; a sensibilidade geral (isso inclui o sentido do tato, presente em todo o nosso corpo) é proporcionada pelo nervo trigêmeo, enquanto o nervo facial é responsável por fazer com que as glândulas serosas produzam constantemente os fluidos lubrificantes das paredes nasais, além de regular o fluxo sanguíneo nessa área.
